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06 Fev ANTÔNIO VIEIRA ANTES DO RACIONALISMO CRISTÃO – FILÓSOFO ESPIRITUALISTA, HUMANISTA E RACIONALISTA
Dentre os orientadores astrais do Racionalismo Cristão na Terra, foi o Espírito de Luz Padre Antônio Vieira, o responsável pelo início da implantação do Racionalismo Cristão, bem como pelo seu acompanhamento.
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por Columbano Bordalo Pinheiro (Palácio de São Bento).
Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Febo_Moniz,Padre_Ant%C3%B3nio_Vieira,_D._Lu%C3%ADs_de_Meneses%28Conde_da_
Ericeira%29,e_Jo%C3%A3o_Pinto_Ribeiro%281926%29_-Columbano_Bordalo_Pinheiro%28Pal%C3%A1cio_de_S%C3%A3o_Bento%29.png
Antônio Vieira, foi um dos grandes discípulos de Jesus, o Cristo. Filho de Cristóvão Vieira Ravasco e de Da. Maria de Azevedo, nasceu em Lisboa em 6 de Fevereiro em 1608.
Vieira serviu-se da tribuna sacra para dizer a Verdade a quem seria preciso escutar. Prosador, orador extraordinário de saber e eloquência, humanista, diplomata, antirracista e rebelde à ditadura clerical, missionário e catequista, filósofo, moralista e possuidor de extraordinária visão política.
O rei de Portugal, D. João IV ouvia os seus pareceres sobre decisões do governo.
Escritor e estilista dentre os mais ilustres das letras luso-brasileiras, deixou 15 volumes de Sermões, 3 volumes de Cartas e mais 7 volumes de trabalhos diversos.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Vieira#/media/Ficheiro:Bernard_Lemercier_-_Vue_de_la_Cath%C3%A9drale.jpg
Foi o maior liberal do seu tempo. Vieira precede Marquês de Pombal ao pretender acabar com o tribunal eclesiástico da Inquisição, muito atuante na sua épica em Espanha e Portugal. Por isso, foi pela Inquisição, encarcerado e, por pouco, atirado vivo à fogueira.
Vieira era cartesiano. Seus procedimentos caracterizavam-se pelo racionalismo, pela consideração do problema do método como garantia da obtenção da verdade e pelo dualismo metafísico, isto é, em qualquer ordem de ideias admite a coexistência de dois princípios irredutíveis. Por exemplo: o dualismo da alma e do corpo, do bem e do mal, da matéria e do espírito, como veremos no Sermão nº 24 do Rosário, onde admite a dualidade do homem:
“Os homens não são feitos de uma só peça, como os anjos e os brutos. Os anjos e os brutos são inteiriços; o anjo porque todo é espírito; o bruto porque todo é corpo. O homem não. É feito de duas peças: a alma e o corpo.”
Vieira chegou ao Brasil com menos de 7 anos de idade indo residir em Salvador. Não foi um menino precoce, pois até aos 13 anos estudava, mas compreendia mal. Decorava, mas a memória não guardava. Estava avassalado pelo astral inferior.
Um dia na Bahia, aflito com a sua mediocridade, entrando na Sé, dirigiu-se ao altar da Virgem e, orando concentradamente, pediu-lhe para que sua inteligência despertasse. A meio da súplica sentiu qualquer coisa, como que um estalido na cabeça e eis que o menino se torna um prodígio. Nesta ocasião, Espíritos de Luz do Astral Superior, afastaram os obsessores que o avassalavam, para os seus mundos de estágios.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Vieira#/media/Ficheiro:Salvador-Bahia_(Terreiro_de_Jesus)_S%C3%A9_Catedral_1862.jpg
Em 1623, com 15 anos de idade, entrou para a Companhia de Jesus, concluindo três anos depois, em 1626, o noviciado. Em 1635 foi ordenado, iniciando suas atividades também como orador sacro, obtendo desde então, grande sucesso na tribuna e no púlpito.
Em 1640, Vieira foi para Lisboa, colocando-se a serviço do Rei D. João IV, aderindo ao Sebastianismo, fé na reencarnação do Rei D. Sebastião e no restabelecimento do Império Português. Lutou pela independência de Portugal, livre em 1640 do domínio espanhol, e pela liberdade dos Cristãos Novos, judeus convertidos ao Cristianismo.
Em 1654, em São Luiz do Maranhão, Vieira dedicava-se a catequese dos índios. Os jesuítas e o governo da então Província do Maranhão, defendiam a causa da liberdade dos índios, contra os portugueses residentes no Maranhão, que queriam conservá-los como escravos. Sentindo que a situação do Maranhão estava insustentável, Vieira encarregou-se de ir pleitear junto ao governo da Metrópole, em Lisboa, as medidas indispensáveis para garantir a liberdade dos índios, logo após a sua pregação do Sermão dos Peixes, onde apontava a dissimulação dos traidores. Vieira sofreu constantes oposições dos colonos portugueses estabelecidos no Maranhão, quando finalmente, em 1661 conseguiram a sua expulsão e a de seus companheiros jesuítas do Brasil.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Vieira#/media/Ficheiro:Pe._Ant%C3%B4nio_Vieira.jpg
Vieira foi, sobretudo, uma das grandes figuras da cultura do século XVII como Camões o foi do século XVI. Com os seus Sermões foi o precursor de Auguste Comte (1798 – 1857) e Sigmund Freud (1856 – 1939).
De volta a Portugal em 1661, o Santo Ofício moveu-lhe em Coimbra, um processo que se prolongou durante 4 anos e meio, dos quais 2 anos e três meses passou incomunicável num cubículo. Em 1675, sua condenação foi anulada pelo Papa Clemente X.
Em 27 de Janeiro de 1681, embarcou em Lisboa com destino à Bahia, onde regressou depois de 40 anos de ausência. Aí, após preparar 12 tomos de seus Sermões, faleceu em 18 de Julho de 1697, aos 89 anos de idade.
TEXTO ORIGINAL EXTRAÍDO DE PESQUISAS DO AUTOR FERNANDO FARIA (1930-1995)
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