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13 Ago Estudo de caso do filme “Livrai-nos do mal”
Título Original: “Deliver Us from Evil” (2014)
Direção: Scott Derrickson
Baseado em: eventos reais narrados pelo policial Ralph Sarchie em seu livro “Beware the Night”
Gênero: Horror/Sobrenatural
Sinopse:
O protagonista, Ralph Sarchie, um policial de Nova York, investiga uma série de crimes perturbadores, confrontando o sobrenatural e demônios reais enquanto lida com seu próprio ceticismo e questões pessoais.
Personagens Principais:
Ralph Sarchie (Eric Bana): Policial cético que enfrenta o sobrenatural.
Padre Mendoza (Édgar Ramírez): Sacerdote experiente em exorcismos.
Jen Sarchie (Olivia Munn): Esposa de Ralph, que sofre com a distância emocional do marido.
Santino (Sean Harris): Veterano de guerra possuído por demônios.
Detalhes da Produção:
Direção: Scott Derrickson, conhecido por “O Exorcismo de Emily Rose” e “Sinister”.
Roteiro: Derrickson e Paul Harris Boardman.
Tom do Filme: Atmosfera sombria, com foco no horror psicológico e elementos sobrenaturais.
AVALIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE CINEMA:
Algumas críticas elogiaram a performance de Eric Bana e a direção de Derrickson em criar uma atmosfera tensa. Outras já apontam como clichês o gênero e previsibilidade do enredo. A classificação mista apresenta uma média de 29% de aprovação.
OPINIÃO DO PÚBLICO:
“Podem dizer o que quiserem, mas o filme é muito bom. Antigos soldados americanos se deparam com uma força maligna em uma caverna. Desde então suas vidas e a do detetive nunca mais são as mesmas. Muito intrigante e inteligente.”
“Filme sem pé nem cabeça, criei muita expectativa e acabei decepcionado. Difícil achar bons filmes de terror, mas esse realmente sem condições!”
“Me surpreendi com o filme. Ele realmente prende atenção e da verdadeiros sustos! Algumas cenas, especialmente da mulher possuída, vão se tornar clássicas do suspense e terror moderno! Pra quem gosta muito desse gênero de filme, não pode perder oportunidade de assistir. Eric Bana como sempre desempenhando um bom papel. Destaco a atuação do padre, com uma atitude e linguagem bem moderna para os costumes e tradições do catolicismo. Ele está excelente nesse papel também.”
“Já um tanto “batido” o tema possessão demoníaca nos filmes, nesta película é salva pelo ator Eric Bana.”
Atentamos para as divergentes opiniões o que nos motiva a aprofundar no estudo do tema, considerando a perspectiva da espiritualidade do Racionalismo Cristão em interface com a Psicologia.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
Esse estudo em especial nos desperta a atenção para uma questão importante na vida de todos nós, que é o despertar para a espiritualidade. As pessoas de maneira geral expressam uma necessidade de identificar um motivo que as levem a buscar respostas somente quando enfrentam algum tipo de problema ou uma insatisfação. Poucas pessoas buscam o conhecimento acerca da espiritualidade de uma forma natural ou por um interesse nato. Essa é uma questão que podemos estudar e nos aprofundar pois, pode nos fazer entender como o ser humano se transforma quando a vida exige dele algo que o faz despertar para a espiritualidade. E nesse contexto temos o Racionalismo Cristão que é uma filosofia que nos esclarece para obtermos uma visão ampla da realidade da vida, que nos fortalece física e espiritualmente e nos espiritualiza para que possamos nos transformar em seres independentes. A partir desses pontos importantes convidamos os leitores a mergulhar nessa reflexão que muito contribuirá para o seu entendimento acerca desse despertar espiritual que muito nos auxilia nessa trajetória de crescimento na existência terrena.
OBJETIVO DO ESTUDO:
Todos os estudos de casos apresentados, a partir dos temas abordados nos filmes, estão embasados nos conhecimentos da ciência psicologia em interface com a espiritualidade filosófica do Racionalismo Cristão. Esses estudos se fundamentam no interesse por compreender o ser humano enquanto um espírito (Força), vivenciando uma experiência no corpo (matéria) humano.
Neste caso em específico o objetivo proposto é compreender o despertar do ser humano para a espiritualidade a partir de suas experiências nas relações interpessoais, seja no trabalho, na família ou na sociedade.
TEMÁTICA DO FILME:
O filme “Livrai-nos do Mal” combina elementos de horror sobrenatural com drama policial, explorando profundamente a psicologia dos personagens e a luta espiritual contra o mal, representada por uma batalha espiritual e física contra forças demoníacas. A fé e o ceticismo permeiam a jornada de Sarchie, um policial cético endurecido que passa acreditar no sobrenatural depois de uma redenção pessoal a partir de sua busca para encontrar paz consigo mesmo e com sua família. O sacrifício são seus custos pessoais e emocionais envolvidos nessa luta contra o mal.
A elaboração da História teve inspiração real baseada nas experiências documentadas de Ralph Sarchie, com adaptação da história incluindo liberdades criativas para aumentar o apelo dramático e de horror. As informações são de que Sarchie atuou como consultor durante a produção para assegurar alguma autenticidade nos eventos retratados.
O filme começa com uma patrulha de soldados no Iraque em 2010, que encontram uma caverna misteriosa e são expostos a algo sobrenatural. Isso serve como uma introdução aos eventos demoníacos que se desenrolarão em situações diferentes.
Ralph Sarchie (Eric Bana) é um sargento da polícia de Nova York com um histórico de investigações bem-sucedidas, mas também com uma vida pessoal conturbada, pois sua família sofre com sua ausência e dedicação extrema ao trabalho. Ele é cético em relação a qualquer coisa sobrenatural, focado apenas nos aspectos racionais e tangíveis do trabalho policial. Uma de suas falas marcantes é: “como policial eu sempre tive uma mão pesada”.
Sarchie e seu parceiro Butler (Joel McHale) respondem a um caso de violência doméstica, onde a esposa menciona algo estranho no porão. Isso leva Sarchie a investigar a história mais profundamente, desencadeando a narrativa principal do filme.
A investigação de Sarchie o leva a uma série de casos bizarros e aparentemente desconexos, incluindo uma mulher que atira seu próprio bebê no zoológico do Bronx e um pintor perturbado que ouve vozes. Essas ocorrências estão conectadas por uma presença maligna.
No encontro com o Padre Mendoza (Édgar Ramírez), um sacerdote jesuíta especializado em exorcismos, revela a Sarchie que os casos investigados por ele têm uma origem demoníaca. Inicialmente cético, Sarchie começa a mudar de opinião à medida que testemunha eventos inexplicáveis. Mendoza e Sarchie formam uma aliança improvável para enfrentar a força maligna que está aterrorizando a cidade.
A investigação leva Sarchie e Mendoza a Santino (Sean Harris), um dos soldados que esteve na caverna no Iraque. Santino está possuído por um demônio poderoso, responsável pelos atos violentos e perturbadores em Nova York. Eles descobrem que Santino tem planos mais sinistros e que o mal está se espalhando rapidamente.
O clímax da trama é o “Exorcismo”; ponto culminante do filme pois, é um exorcismo intenso e violento, onde Sarchie e Mendoza confrontam o demônio dentro de Santino. Este confronto é cheio de suspense, terror psicológico e manifestações sobrenaturais. Durante o exorcismo, Sarchie enfrenta não apenas o demônio, mas também seus próprios demônios internos, suas dúvidas e sua fé.
Após a batalha final, o mal é aparentemente derrotado, e Sarchie emerge transformado pela experiência. Ele começa a reconciliar sua vida profissional com sua vida pessoal e espiritual. O filme termina com uma sensação de alívio, mas também com a sugestão de que o mal nunca é completamente erradicado, deixando espaço para reflexão sobre a natureza contínua do mal e da redenção.
ANÁLISE:
CONTEXTO DA NARRATIVA:
Um policial extremamente dedicado a seu trabalho que busca sempre a justiça em todos os seus atos, mas revela atitudes violentas no seu trato com os agressores, numa perspectiva de fazer justiça por vezes com suas próprias mãos, revela uma personalidade determinada, porém muito exigente e extremista nas ações. Outra característica que nos chama atenção é uma atitude sempre direcionada e reduzida aos fatos concretos e materiais em todas as situações nas quais considera que sempre encontrará as respostas para a solução dos problemas, mas diante daquilo que o surpreende e o desafia, perde seu controle e considera como inexplicável, aí se vê obrigado pelas circunstâncias a buscar novos caminhos e consequentemente enfrentar seus próprios “demônios”.
As experiências com os casos de tamanha violência colocam em xeque sua experiência em outros casos de considerável gravidade, porém de outra ordem de complexidade.
A partir da sua interação com o padre Mendoza ele começa a descortinar um trabalho multifacetado, envolvendo uma combinação de estudos teológicos, históricos, culturais e científicos. Nessa relação entre policial e padre exorcista, eles buscam compreender e interagir com o sobrenatural, para obter explicações e soluções para os casos que tanto aterrorizam a comunidade.
Em paralelo podemos observar como as relações com sua esposa e filhos, em sua família é afetada, pois sua dedicação excessiva ao trabalho e o momento de questionamentos de sua fé/espiritualidade deixam o policial perturbado.
Observamos nesse contexto o quanto o personagem do policial revela uma vida conturbada e mentalmente afetada que impacta no seu cotidiano.
Outro aspecto que o filme aborda é a linha de conduta dos casos apresentados direcionando para a perspectiva religiosa e do sobrenatural. O exorcismo, o entendimento de que as pessoas passam a cometer crimes por estarem possuídas pelo demônio, levanta a questão da fé religiosa e de uma ideologia que visa combater o mal por si só sem compreender a real causa desse mal que levam as pessoas a destruição de si próprias e de todos à sua volta.
CONTEXTO DA ABORDAGEM DOS FENÔMENOS:
O enredo do filme apresenta a ação de um especialista que estuda demônios, espíritos malignos e entidades sobrenaturais associadas ao mal em várias tradições religiosas e culturais, a “demonologia”. Ela pode ser abordada sob diferentes perspectivas, incluindo a teológica, a histórica, a cultural e a científica.
Podemos citar os principais aspectos do trabalho de um demonologista: Estudo Teológico e Religioso que consideram textos Sagrados, que procuram examinar textos religiosos como a Bíblia, o Alcorão e outros que mencionam demônios e entidades malignas.
Doutrinas e Dogmas que estudam as crenças religiosas e os ensinamentos das diferentes denominações sobre a existência, natureza e atividades dos demônios. Rituais de Exorcismo que investigam e, em alguns casos, praticam rituais destinados a expulsar demônios possuindo as pessoas, como o exorcismo no Cristianismo.
Há ainda pesquisas históricas nas tradições antigas que analisam mitos, lendas e folclores de diversas culturas que incluem seres demoníacos e casos históricos, estudam relatos de possessões demoníacas, exorcismos e outros eventos sobrenaturais documentados ao longo dos séculos.
Vamos encontrar ainda a análise cultural de representações artísticas que investigam como os demônios e entidades malignas são retratados na arte, literatura, cinema e outras formas de expressão cultural e seu impacto social, como as crenças em demônios que influenciam comportamentos sociais, práticas culturais e sistemas de crenças.
Por outro lado, temos a abordagem Científica e Psicológica que considera e analisa esses casos como: Possessão e/ou uma Psicopatologia; mas diferenciam casos de suposta possessão demoníaca de distúrbios mentais: como esquizofrenia, transtornos dissociativos, e outras classificações. Estudam também os fenômenos Paranormais, que podem ser interpretados como atividade demoníaca, mas utilizando métodos científicos para buscar explicações naturais.
Nos casos de investigação Paranormal, utilizam equipamentos como gravadores de voz, câmeras e dispositivos de medição de campos eletromagnéticos para documentar e analisar atividades paranormais. O trabalho é realizado em conjunto com parapsicólogos, investigadores paranormais e, às vezes, com médicos e psiquiatras para obter uma compreensão abrangente dos fenômenos investigados.
No filme todo esse contexto se expressa com a associação do policial ao padre exorcista, e unem seus esforços para fazer esse mal ser extirpado da vida das pessoas que passam a cometer crimes graves.
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ATUAÇÃO DOS PERSONAGENS:
Observamos o contexto de violência em que estão inseridos os personagens, a começar pelo policial que está envolvido de forma direta na investigação dos casos. Mas ele expressa características significativas que contribuem para sua atuação. Sua forma de perceber a situação, sua perspicácia para agir na busca de desvendar os fatos. Seu parceiro de trabalho o classifica com o apelido: “Radar”, o que demonstra sua sensibilidade em grande potencial para agir na condução dos trabalhos, buscando de forma intuitiva e insistente aquilo que desperta interesse para desvendar os fatos. Outro aspecto importante é como expressa seus sentimentos e revela o quanto pesava nas atitudes tanto no trabalho quanto na família e reconhece que sempre teve uma “mão pesada” e revela também o ódio que alimentava dentro de si mesmo de forma desmedida.
Outro personagem que podemos destacar aqui é o ex-combatente de guerra, violento com a esposa, viciado em bebidas e atormentado com as experiências da guerra e da dificuldade nas relações familiares.
A mãe que joga a criança na lixeira e a outra que joga o filho no zoológico, sem explicações aparentes, mas podemos levantar a hipótese de mulheres em situação de fragilidade frente a circunstância de uma gestação complicada ou até mesmo uma depressão pós-parto. E por fim o pintor que ouve vozes, mas suas ações estranhas e sem fundamento não esclarecem os fatos.
Todos os casos apresentados com as intervenções do policial, protagonista da trama, a princípio sem correlações, mas com uma significativa característica: parece ser uma ação demoníaca que perturba o policial e mobiliza o padre na luta do bem contra o mal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Numa perspectiva científica, psicológica a abordagem dos casos de transe e possessão, especialmente quando relacionados a crimes violentos, requer uma análise abrangente e cuidadosa, envolvendo múltiplas disciplinas e intervenções específicas. É essencial um entendimento ampliado que considere fatores médicos, psicológicos, legais e culturais para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. A avaliação clínica irá considerar os aspectos da condição neurológica e química que possam justificar ou correlacionar com os sintomas apresentados, mas é preciso incluir nessa avaliação exames físicos, testes laboratoriais, estudos de imagens e ainda uma revisão detalhada do histórico médico e psiquiátrico do paciente para identificar possíveis transtornos mentais preexistentes.
Nos casos de transe e possessão poderão ser interpretados como sintomas de transtornos dissociativos de identidades, onde o paciente passa a exibir múltiplas personalidades ou estados de consciência distintos. Podem ainda apresentar condições como a esquizofrenia onde se identifica delírios e alucinações que o paciente pode interpretar como possessão. E ainda eventos agudos de psicose levando a comportamentos violentos e a percepção alterada da realidade, o que prejudica o próprio paciente e pessoas à sua volta.
As intervenções nesses casos envolvem uso de medicação: antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos para amenizar os sintomas, podendo ainda ser utilizado em casos severos a terapia eletroconvulsiva. Complementando o tratamento serão utilizadas ainda as entrevistas e testes psicológicos para as intervenções terapêuticas que visam ajudar o paciente a identificar e modificar pensamentos distorcidos e comportamentos disfuncionais de forma que as técnicas e teorias concorrem para tratar traumas e restabelecer o equilíbrio mental.
Para esses casos de comportamentos que envolvem crimes graves e violentos, onde a conduta e personalidade do paciente agressor está comprovadamente comprometida, há intervenções de avaliação da imputabilidade comprovada por perícia psiquiátrica e psicológica, associados a relatórios forenses que irão determinar se o paciente tinha capacidade de entender e controlar suas ações no momento do crime.
Nesses casos em que a insanidade legal é comprovada, os sistemas jurídicos absolvem o réu da responsabilidade criminal, encaminham para os tratamentos psiquiátricos de forma compulsória e são encaminhados para instituições psiquiátricas forenses. O que não garante restabelecimento de sua sanidade mental, muito menos de um equilíbrio psíquico que lhe possa proporcionar uma vida com dignidade.
É preciso ressaltar a importância de se considerar que em algumas culturas há crenças no chamado transe e possessão e devem ser interpretadas de maneira diferentes pelos profissionais da saúde mental para integrar as ações de lideranças espirituais ou religiosas no processo de tratamento. Porém é preciso avaliar os casos de forma individualizada e de acordo com o contexto inserido na situação, e nem sempre isso funciona na prática das instituições.
O Racionalismo Cristão como filosofia que fortalece, esclarece e espiritualiza é um farol que auxilia o navegante a conduzir seu barco com coragem, determinação e convicção de que encontrará o caminho certo frente aos desafios que a vida lhes apresenta. A partir dessa perspectiva podemos considerar que casos como esses podem ser explicados pelo fenômeno dito como: “obsessão”.
Segundo o que nos explica nosso mestre maior: Luiz de Mattos, em sua obra principal: Racionalismo Cristão, a obsessão é um mal comum que acomete a humanidade. Porém ela não é reconhecida nas suas formas mais complexas e consequentemente levam as pessoas a viverem contrariados, sob a pressão de sentimentos deprimentes, se tornam doentes, encurtam sua existência e aumentam as estatísticas dos obituários, enfim perdem a encarnação, atrasando suas evoluções.
Para conhecer e reconhecer a obsessão é preciso ter conhecimento da vida fora da matéria; das atividades dos espíritos nos planos astrais. É preciso conhecer suas propriedades mediúnicas, saber como a obsessão se produz, como ela se manifesta e principalmente como ela deverá ser evitada.
O mal só poderá ser combatido se conhecemos verdadeiramente suas causas e o maior responsável por esses comportamentos que refletem a obsessão é o próprio indivíduo, pois suas tendências e inclinações mal conduzidas se conectam com aqueles espíritos quedados no astral inferior e aptos a atuarem como obsessores.
Quando emite um pensamento de ordem negativa, ele se abre para uma conexão onde encarnado e obsessor vibram sentimentos de perversidade, vingança, ódio e muitos outros de igual natureza. Sentimentos esses de estreitas afinidades com inúmeros espíritos quedados que se encontram na atmosfera terrena, dispostos a prejudicar membros das famílias ou pessoas de suas relações ou convivências em situações anteriores. Esses espíritos que se encontram nessas condições não possuem recursos para amenizar os efeitos danosos da má assistência. Mas o espírito de posse de um corpo físico, que está processando sua existência, através da vida terrena deve e pode buscar esses recursos. Recursos esses encontrados a partir dos estudos e conhecimentos adquiridos na filosofia do Racionalismo Cristão. Onde não cansamos de repetir que todos podem e são capazes de se esclarecer, fortalecer e espiritualizar e assim poder viver uma vida em equilíbrio.
“Pensar é atrair e aquele que se mantém preso a pensamentos de desencarnados, retarda sua evolução e concorre para somar às falanges obsessoras.” (Luiz de Mattos, 1971)
Vale lembrar que todos, sem exceção, possuímos a faculdade do livre arbítrio, que é um privilégio exclusivo do ser humano para que ele possa saber conduzir-se por si mesmo, com liberdade, independência e responsabilidade conforme deve ser todos os seres que possuem a capacidade de raciocinar. Desta forma aquele que se esforçar por se conhecer e exercita seus atributos espirituais com efetividade, terá sempre a condição de se manter com uma conduta alinhada e correta, mostrando a confiança e o merecimento de viver uma vida em equilíbrio e despertar para a espiritualidade.
Que bom seria presenciar uma ação interligada entre ciência e espiritualidade, com base nos conhecimentos da filosofia do Racionalismo Cristão.
CONCLUSÕES:
O filme “Livrai-nos do mal”, nos provoca a refletir sobre nossa real capacidade e potencialidade para se livrar de um mal que todos nós podemos ser acometidos quando nos descuidamos e nos deixamos levar pelo enfraquecimento moral e espiritual.
Neste caso podemos dizer que o excesso de trabalho e uma consciência “pesada” por seus atos envolvendo um cotidiano violento de um policial, foi determinante para esse despertar para a espiritualidade. Sua experiência nos ensina o quanto devemos buscar o equilíbrio em todos os aspectos da nossa vida, e ainda que esse despertar para a espiritualidade muitas das vezes chega com bastante sofrimento. Poderia ser diferente.
Pela perspectiva espiritualista, racional e científica cristã, podemos compreender como estamos sujeitos a esse mal, porém se compreendermos bem nossas atribuições terrenas através dos princípios espiritualistas, racionais e cristãos, podemos nos livrar do mal.
Por: Cristina Araújo Leão
Psicóloga e Militante na filial BH
do Racionalismo Cristão
02/06/2024
REFERÊNCIAS:
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição, Revisão de Texto (DSM-5-TR)
Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS)
SOUZA, Luiz de. A morte não interrompe a vida, 11ª ed. R.J.2016
MATTOS, Luiz de. O Espiritismo Cristão no Brasil, 2ª Ed. R.J. 1916
MATTOS, Luiz de. Racionalismo Cristão, 28ª Ed. R.J. 1971
MATTOS, Luiz de. Cartas Oportunas sobre o Espiritismo, 14ª Ed. R.J. 1991
GUEDES, Antônio Pinheiro. 7ª Ed. R.J. 1983
MOREIRA-ALMEIDA, Alexander. Ciência da Vida após a morte. Belo Horizonte. Editora Ampla, 2023.LOPES, Mira E.Y. Manual de Psicologia Jurídica. SP LZN Editora, 2003
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