
12 Mar Hipátia de Alexandria: a mulher que representou a moral de um povo

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia#/media/Ficheiro:Hypatia_portrait.png
Hipátia, primeira mulher-matemática
Imortalizou-se nos anais da História
Prodigio feminino de Alexandria
Amante das ciências e artes
Tesouro raro de vasta cultura
Inigualável filósofa grega neoplatônica
Apaixonada pela aquisição da verdade
Índice
• Apresentação
• Prelúdio
• Desenvolvimento
• Agradecimento especial
• Epílogo
• Pesquisa
Prelúdio
Quando recebi o convite da Lília e equipe para pesquisar e realizar comentários a respeito da vida e obra de nossa Heroína Hipátia de Alexandria, confesso que fiquei feliz e lisonjeada, mas também senti o peso da responsabilidade.
Agradeço a Lilia, pelo espaço que me foi oferecido no canal “Artigos”. Sinto-me honrada, e espero ter correspondido à expectativa. Falar dessa deusa da antiguidade, requer tempo, empenho, dedicação, preparo e experiência literária e neste ultimo estou carente.
Admiração e respeito, eu já nutria, anteriormente à época da pandemia de 2020, através de rápidas pesquisas na internet.
Mas com a responsabilidade de apresentar um trabalho mais detalhado, a um grupo seleto de estudos, passei a me questionar se daria conta da tarefa proposta. Mas, agora um pouco mais informada sobre a filósofa matemática, a gigante, Hipátia de Alexandria, com seu valor humano e cultural.
Então esse sentimento de admiração deu-me forças para iniciar minha parcela de contribuição, na pesquisa e poucos comentários da vida da guerreira Hipátia de Alexandria.
Após essas pinceladas na história da filósofa matemática, agradeço a todos os envolvidos, pela feliz oportunidade que me foi oferecida, ao descortinar o sentimento de alegria e crescimento interior.
Dei o melhor de mim, mas repito, preparo literário se encontra ausente do meu currículo. Ao finalizar esse estudo, descubro com clareza, que se antes a admirava, agora sinto o quanto amo, Hipátia de Alexandria em espírito!
E acrescento, sintam-se a vontade para as devidas correções, desenvolvimento ou comentários.
Hipátia de Alexandria, a filósofa Neoplatônica

A título de maior compreensão; o neoplatonismo reconhece a existência de só um Deus, do qual tudo deriva desse Divino, ou seja, toda a criação e o universo.
Hipátia de Alexandria, mulher virtuosa, integra, sensível, dotada de rara inteligência, culta e guerreira de primeira linha viveu numa época de acentuada hostilidade e efervescência social, política, religiosa, um verdadeiro apanágio dos anos 351-415 d.C. E brilhantemente se fez merecedora de ocupar um patamar cultural ao dominar ciência matemática, filosofia e artes cênicas, inclusive astronomia. Cabedal esse, inacessível para o gênero feminino da antiguidade.
Lembrando que nesse período citado, predominava o sexíssimo, mas Hipátia conquistou com determinação, disciplina física aliada à espiritual, uma gama de conhecimento cultural, diversificada e invejável nos círculos intelectuais dos mais ilustres e famosos nomes, e a todos surpreendeu e impôs com elegância marcante e respeitosa liderança.
Se me permitem devo acrescentar que a escuridão intelectual e cultural se fez presente em Alexandria, pós-partida física de Hipátia foi justa e merecida. A estrela-guia, ascendeu, brilhou e fundiu-se numa consonância perfeita por seu valor intrínseco e moral.
Interessante notar, o perfil físico de Hipátia, particularmente seu rosto, todo angelical! Contornado por linhas harmoniosas transmite, delicadeza e refinamento, compatível com seu olhar profundo e sereno.
-Bela por dentro e por fora!
Hipátia de Alexandria, segundo os historiadores, quando questionada por que não se casara, respondia “que já era casada com a verdade”. Realmente, Hipátia nasceu viveu inspirou e exalou a verdade até os últimos minutos de sua profícua vida física.
Exemplificou a figura feminina dotada de valor, sabedoria e sensibilidade extremas. Esteada nesse triângulo perfeito, imortalizou-se no registro histórico universal e na voragem dos tempos.
– Pela verdade viveu!
– Pela verdade morreu!
– Com pureza do corpo e da alma!
Agradecimento Especial

Ao descortinar no estudo da figura singular e universal de Hipátia de Alexandria, aclara em nossa mente a pavimentação realizada por ela com a luz penetrante da verdade a larga e fértil rodovia da cultura e intelectualidade, ao desbloquear concertos discriminatórios e inadequados referentes ao sexo frágil, reinantes na época.
Marcou presença carismática no planeta, no meio cultural e intelectual, do belo e do valor de vida, e especificadamente da verdade. E por seu espírito virtuoso e ávido de conhecimento investigativo, Hipátia tornou-se refém!
Ressaltamos nosso orgulho e admiração à Hipátia, em espírito, pelo exemplo edificante, e resgate cultural legado ao universo feminino!
Epílogo

Após breves pesquisas, podemos inferir que, Hipátia de Alexandria, provavelmente foi a primeira vitima feminina no prefácio do movimento fanático religioso , posteriormente conhecido, nos anais da história como inquisição.
Com esse fabuloso acervo cultural perguntamos; por que Hipátia de Alexandria não teve seu nome registrado nos anais da história universal, como a primeira mulher erudita?
Pesquisa
Hipátia de Alexandria – A Filósofa Neoplatônica

Hipátia de Alexandria, assim ficou conhecida a primeira mulher matemática documentada na história universal e também destacou-se como brilhante filósofa neoplatônica grega do Egito Romano.
Nascida por volta de 351/370 d.c, filha de Teon de Alexandria, filosófo astrônomo, matemático e professor. Hipátia tinha forte ligação afetiva com o pai e dedicou-se de corpo e alma a aquisição do Conhecimento. Destacou-se em várias áreas como matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia, retórica oratória, sobressaindo-se em lógica matemática.
Sob orientação paterna submeteu-se a uma rigorosa disciplina física objetivando alcançar o ideal helênico de ser detentora de mente sã em corpo são. Seguindo os historiadores Hipátia, estudou na Academia de Alexandria, alguns autores acrescentam que quando adolescente, viajou para Atenas, a fim de completar a educação na Academia Neoplatônica onde se destacou na unificação da matemática de Diafemo com o neoplatonismode Amónio Sacas e Platino.
Quando retornou da viagem encontrou colocação de professora na Academia, onde iniciara seus cursos e passou a ocupar a cadeira que fora de Platino. Aos trinta anos de idade assumiu o cargo de diretora da academia, onde disponibilizou muitas obras, por ela escritas.
Hipátia teve muitos alunos famosos entre eles, o filósofo e bispo Sínesio de Cirene o mais famoso do qual era requisitada como conselheira. Também era famosa no circulo intelectual de sua época, para resolver problemas matemáticos aparentemente insolúveis de seus contemporâneos.
Por volta do ano 412 d.c, Cirilo foi nomeado Patriarca de Alexandria, era um cristão fervoroso e lutava em defesa da ortodoxia da Igreja, ao combater Heresias. No reinado de Teodósio (379-395 d.c) inicia-se uma era de transformação do Cristianismo que efetivamente, tornou-se a religião oficial do Estado.
Embora a legislação nesse período, procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular entre cristãos e pagãos, tornaram-se mais frequentes em Alexandria, particularmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado.
Consta no relato de Sócrates Escolástico, que numa tarde de março de 415 d.c, ao regressar do museu, Hipátia foi atacada em plena rua, por uma turba de cristãos enfurecidos arrastando-a até a igreja e cruelmente a torturavam até á morte.
Esse mesmo historiador acredita que o ocorrido se deu logo após Orestes, prefeito da cidade ter ordenado a execução de um monge cristão Amônio, ato que enfureceu o bispo Cirilo e seus correligionários. Como Hipátia exercia influencia sobre o prefeito Orestes, é provável que os fieis de Cirilo a tivessem escolhido como uma espécie de alvo de retaliação para vingar a morte do monge, Amonio.
Há na história o registro de um pesquisador que afirma ser o homicídio brutal de Hipátia resultado do conflito de facções cristãs: uma mais moderada, aliada de Orestes, a segunda mais rígida, seguidora de Cirilo. Com a brutal morte de Hipátia a exuberante vida intelectual e cultural de Alexandria também se extinguiu.
Obras
Nenhum trabalho escrito, amplamente reconhecido pelos estudiosos, como da própria Hipátia, sobreviveu até o presente momento. Muita das obras comumente atribuídas a ela acredita-se terem sido obra de colaboração com seu pai, Teon de Alexandria, Esse tipo de incerteza autoral é típico dos filósofos do sexo feminino na antiguidade.
Por Deusdedite Marinho
Gratidão.
REFERÊNCIAS:
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