WALDEMAR RODRIGUES DE AZEVEDO, O CONSTRUTOR DO PATRIMÔNIO FÍSICO DA FILIAL DE BELO HORIZONTE

Quando nos referimos a este grande Espírito, devemos reverenciar com muita plenitude todos os seus grandes feitos pela Filial de Belo Horizonte. Pois, ele foi incansável, na grande luta de levantar uma grande filial, pedrinha por pedrinha, tijolo por tijolo, madeira por madeira, telha por telha, e assim, tantas coisas mais, para deixar um grande legado da Doutrina para até então, Belo Horizonte.

Como um grande baluarte, Waldemar se uniu a grupo de verdadeiro amigo, que em mutirão, onde, muitos que conhecemos quando ainda jovem, tivemos a honra de dar um aperto de mão. Aqui vão alguns nomes: Matias Diogo, José Martins Diogo, Antonino Duarte, João Baltsara e sua esposa, Ruth Baltsara, Antônio Campos, Sr. Fortunado, Sr. Torquarto, Sr. Antônio das Neves, Sr. Adelino Silva, Sr. José Silva, João Riccieri, José Severino, Geraldo Amaral, Adriano Carmezim, João Batista da Silva  e nosso grande mestre Luiz Thomaz que contribuiu com Waldemar para finalizar as obras em 13 de setembro de 1931. Waldemar Rodrigues de Azevedo, iniciou à Doutrina, ainda em um pequeno espaço na Rua Tamoios, no centro da cidade de BH. Mas, com seus dignos e fidedignos princípios fieis ao nosso Mestre Maior, Luiz de Mattos e na gestão de Antônio Cottas, ele sempre com seu grande propósito de fazer uma grande filial que pudesse caber um grande número de pessoas, então, adquiriu em nome do Centro Redentor, o imóvel onde está a sede, o imóvel destinado à casa da Presidência da Filial, e uma faixa de terreno com barracões que eram destinados aos médiuns, para que pudessem morar próximos a filial. Pois, os trabalhos daquela época eram muitos, no campo material, mas principalmente no campo espiritual. As construções feitas por Waldemar Rodrigues de Azevedo foram tão bem feitas, que vararam as eras e estão consolidadas firmemente até os dias atuais. Foram feitas, algumas inovações, reformas, mas nunca foram tiradas as suas características próprias que são mantidas e conservadas.

Waldemar Rodrigues de Azevedo, não teve uma vida feliz depois de ter construído tantas coisas para a Doutrina. Como em quaisquer outros meios sociais, ele sofreu a perfídia de alguns que se falavam amigos dele, o tornando vítima de julgamentos infundados advindos de uma hipocrisia social da época. Assim como, enfrentou também, a doença de sua esposa, Sarah Cintra, que sofreu da enfermidade denominada de Fogo Selvagem, cuja pele ficou toda queimada em carne viva. E naquele tempo, com pouco avanço na área da medicina e em recursos, não tinha a cura aqui no Brasil. As amigas de Sarah Cintra, eram que cuidava dela, envolvendo o seu corpo em folhas de bananeiras.

Eles tão novos, não tiveram filhos. E até por isso, sofriam com as  maledicências e a traição dos outros, que não se quietaram enquanto não fez uma falsa denúncia de adultério de Waldemar Rodrigues de Azevedo, à Antônio Cottas, que o afastou sumariamente da Doutrina, sem ver a história pelo lado de Waldemar. Mas, como tudo que é mentira fica encoberto, também não faltou à pessoa certa que se dirigiu até ao Rio de Janeiro, para conversar com Antônio Cottas muitos anos depois, contando toda a verdade. E a verdade foi que o jovem presidente havia sofrido uma traição organizada por pessoas que almejavam ocupar o seu lugar dentro da Doutrina, já que com o falecimento precoce de sua esposa, Waldemar então viúvo, foi encorajado por estes “amigos próximos” a se relacionar com uma nova mulher para assim cumprir com os bons costumes da sociedade. Foi então que ele livre para seguir o seu caminho encontrou de fato uma nova companheira e fora mal interpretado por isso.

Desta forma, Antônio Cottas fez uma carta de Retratação e chamou Waldemar para ir ao Rio de Janeiro, para se retratar também pessoalmente. E até o convidou para morar no Rio. Já nesta época, Waldemar já estava viúvo novamente. Mas, apesar de toda sua gentileza, cordialidade, respeito, ele foi firme com Antônio Cottas, dizendo:

O que me comprometi a fazer pela Doutrina, eu fiz. Deixei uma grande filial para o Centro Redentor. Será uma filial que muito apoiará a Casa-Chefe. Mas, em relação a mim, eu não retorno mais para a Doutrina, embora ela sempre será cultivada dentro de mim. Consegui fazer todas as obras necessárias para que a Doutrina tivesse a liberdade de ter mais uma filial a se somar com as que já existem e as que existirão. Então, minha missão está concluída e já é o bastante. Agradeço profundamente meu querido amigo, Cottas. Pois, só o seu conhecimento da verdade e por se retratar  comigo, já é um grande refrigério para minha alma. De agora em diante, quando for a minha hora, partirei feliz.” E se despediu de Antônio Cottas dizendo: “algum dia nos encontraremos na eternidade”.

Antônio Cottas e Waldemar Rodrigues ao centro em Solenidade do Racionalismo Cristão no Rio de Janeiro.

E se hoje temos uma filial portentosa, o grande trabalho começou há mais de 92 anos, com o grande baluarte, CONSTRUTOR, que foi o nosso ilustríssimo Waldemar Rodrigues de Azevedo.

Em 2006, se tornou Presidente Astral da Filial de Dracena do Racionalismo Cristão!

Por Lília Rodrigues

2 comentários
  • Ronaldo Silva Rodrigues azevedo
    Postado em 11:07h, 21 Outubro Responder

    Tenho muito orgulho de ser filho de Waldemar Rodrigues de Azevedo. E do legado moral que meu pai deixou para mim.

    • Racionalismo Cristão - Filial BH
      Postado em 17:24h, 24 Novembro Responder

      Caro Ronaldo,
      Que felicidade foi para nós receber este contato tão especial. Não sabe a vitória que isto representa para a Filial de Belo Horizonte do Racionalismo Cristão, que vem buscando por tanto tempo encontrar fragementos históricos tão importantes para endossar a veia histórica do Racionalismo Cristão. Sendo assim, estaremos entrando em contato com o seu email pessoal para que possamos conversar mais sobre o assunto. Grande abraço, Equipe Filial Belo Horizonte do Racionalismo cristão.

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